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A avaliação da força dos isquiotibiais, desempenhando um papel crucial na fisioterapia, é fundamental para a prevenção de lesões, a otimização do desempenho e a garantia de uma reabilitação eficaz. Inicialmente, é importante destacar que esses músculos são essenciais para a estabilidade do joelho e a mobilidade do quadril. Por isso, sua análise meticulosa é vital para identificar desequilíbrios e fraquezas que podem predispor a lesões.

Adicionalmente, durante o processo de reabilitação, essa avaliação assume um papel ainda mais significativo, servindo como um indicador valioso do progresso do paciente. Isso orienta os profissionais sobre o momento apropriado para a retomada de atividades normais ou esportivas, garantindo uma recuperação segura e eficaz. Desse modo, o fortalecimento dos isquiotibiais não apenas auxilia na prevenção de lesões, mas também contribui de maneira significativa para a melhoria da funcionalidade e do desempenho atlético.

Para alcançar tais objetivos, são empregados diferentes métodos de avaliação, incluindo, testes de dinamômetria isométrica. Esses métodos oferecem insights importantes para a elaboração de programas de treinamento direcionados, adaptados às necessidades específicas de cada indivíduo. Portanto, a avaliação dos isquiotibiais não é apenas uma prática recomendada, mas sim indispensável na fisioterapia.


Você, profissional da área esportiva, já se deparou com a dúvida sobre qual angulação de joelho utilizar na avaliação dos isquiotibiais? Sabemos que a escolha da angulação correta pode impactar significativamente os resultados da avaliação, influenciando diretamente na elaboração de programas de treinamento e reabilitação. A complexidade dessa decisão ressalta a importância de uma compreensão aprofundada sobre as nuances da biomecânica muscular e sua aplicação prática.
Segue o fio:


Quando utilizar a angulação de 90 graus?

A escolha da angulação de 90 graus na flexão do joelho é a opção mais comum. Ela facilita comparações com padrões normativos e identifica déficits de força, sendo crucial tanto no diagnóstico quanto no monitoramento de reabilitações, particularmente após lesões ou cirurgias. Assim, abordagem atende as necessidades diagnósticas, terapêuticas e de otimização de desempenho em contextos clínicos, esportivos e do dia a dia, reforçando sua importância em diversas áreas.

30 graus? Quando utilizar?

É a angulação de pico de torque. Ou seja, ao avaliar em angulação de 30 graus ou próximo a isso, você estará realmente sabendo a capacidade máxima de geração de força dessa musculatura. Ela também trás benefícios notáveis para entender a capacidade muscular em extensões próximas à completa do joelho, o que é essencial tanto para atividades cotidianas quanto esportivas. 

Note que o ponto máximo da curva, o momento de pico de torque, para isquiotibiais acontece por volta de 30 graus de flexão de joelho.

Importante destacar, esta angulação se torna particularmente relevante em esportes que exigem força em extensões quase completas do joelho, tais como corridas de velocidade e saltos. Por conseguinte, isso não apenas melhora o desempenho, mas também diminui o risco de lesões ao identificar fraquezas.

Caso você esteja com o objetivo de analisar a relação IQ (isquiotibial/quadríceps), também é a melhor opção. A maioria dos estudos que analisam essa importante relação agonista/antagonista são realizados com dinamômetros isocinéticos, que utilizam o pico exato de torque para essa comparação muscular.

Você pode conferir mais sobre relação IQ nesse post.

E 15 graus? Às vezes pode ser a melhor opção!

Um estudo interessante de 2016 comparou avaliações à 90 graus com à 15 graus em uma amostra de indivíduos com lesão muscular recente em isquiotibiais. O resultado foi que a angulação com maior extensão, no caso 15 graus, foi a que melhor identificou assimetrias de força, tendo muito mais sensibilidade para esse fim.

A conclusão do estudo é que: se você está atendendo alguém com lesão muscular recente, é melhor avaliar em angulações mais “estendidas”. Fica a dica, caso esteja com um paciente/aluno nessa condição.


Em resumo, a avaliação da força dos isquiotibiais é vital na fisioterapia, desempenhando um papel crucial na prevenção de lesões, na otimização do desempenho e na eficácia da reabilitação. A escolha da angulação durante as avaliações – 90, 30 ou 15 graus – depende dos objetivos específicos, refletindo a necessidade de uma abordagem personalizada. Essas práticas permitem o desenvolvimento de intervenções direcionadas, melhorando a recuperação, a funcionalidade e o desempenho atlético. Assim, a avaliação precisa dos isquiotibiais é essencial para um cuidado integral e eficaz, especialmente para indivíduos ativos fisicamente.

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